segunda-feira, 24 de maio de 2010

Crises Financeiras Internacionais

Geografia

Todas as crises financeiras, sem exceção, têm uma mesma causa fundamental:
o crescimento do numerário, como se dizia antigamente, ou seja, o excesso de
liquidez – geralmente por permissividade da autoridade pública –, alimentado por
ativos dos mais diversos tipos. A expansão dos ativos se dá com a euforia dos agentes
quanto a ganhos sempre crescentes nos mercados em que atuam – bolsas, imóveis,
derivativos financeiros etc. – até que o movimento inverso se produz, geralmente em
situação de pânico, dada a inação das autoridades e o comportamento de manada da
maior parte dos atores de mercado. As modalidades e os efeitos imediatos e mediatos
de uma crise financeira são, obviamente diversos, assim como são distintos os
resultados e as conseqüências institucionais, em termos de regulação ulterior desses
mercados. Estes são os conceitos básicos em torno dos quais se organiza este trabalho.
Sem ter pretensão ao detalhamento descritivo, apresento abaixo uma série de
quadros sintéticos das cinco grandes crises financeiras ocorridas nas economias de
mercado nos últimos 80 anos, grosso modo desde 1928 (posto que a quebra da Bolsa
de Nova York vinha se manifestando desde um ano antes, por tendências ao declínio
em vários dos títulos negociados). Caberia, talvez, antes de iniciar, descrever
brevemente as funções de um sistema financeiro e monetário sólido e equilibrado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário